Esta obra foi selecionada pela bolsa Funarte de Circulação Literária

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domingo, 6 de fevereiro de 2011

DAYANNE TIMÓTEO LEVA A POESIA À COMUNIDADE QUILOMBOLA DO MOINHO VÉIO/ BARRA MANSA (MG)

Neste sábado, 05 de fevereiro, a Andarilha das letras, Dayanne Timóteo levou poesia para uma comunidade quilombola da zona rural de Munho Véio/Barra Mansa. A comunidade que vive bem distante das facilidades da zona urbana e do acesso a atividades culturais recebeu a poetisa com   alegria e entusiasmo. “Que bom que você veio nos visitar a gente fica tão feliz quando alguém vem nos visitar, quase nunca as pessoas aparecem por aqui”. Disse o líder comunitário Paulo Lima.   

De forma muito descontraída e na presença de aproximadamente 25 crianças ela iniciou a oficina de poesia que acontecerá até a sexta-feira dia 11 de fevereiro  explicando o que é poesia, para que serve, contou a história de alguns poetas, praticou exercícios de leitura e doou seu último livro, Identidade da Alma, para as crianças  que se empolgaram com os livros. “Eu gosto de poesia, mas a gente quase nunca lê, porque na escola os professores nunca dão poesia para a gente ler, a gente só aprende história, geografia e de forma muito chata”. Disse Paulo Sandro de 9 anos de idade.
Dayanne Timóteo fez um recital de poesias acompanhada do violeiro Silvio, músico da Barra mansa que enquanto Dayanne declamava, ele fazia os fundos musicais. A poetisa abriu o recital declamando o poema de sua autoria que homenageia Barra Mansa. “... Inventei cantiga para quando o silêncio tocasse sei, não haveria nada mais, nada mais, só melodias de saudades...” Trecho do poema Barra Mansa.
 Dayanne disse ainda da importância e do impacto que esse tipo de atividade causa nas pessoas. “É comum a gente ouvir que as pessoas mais simples não se interessam por atividades culturais o que em minha opinião, é uma inverdade absoluta.  Tenho tido experiências que contradizem isso: as crianças do Moinho Velho a todo o momento mostraram interesse, vontade de aprender, se entusiasmaram, os olhinhos de cada criança brilhavam com intensidade diante de cada poema. Sinto que o que falta é o acesso.

Outro ponto que chamou a atenção da poetisa foi a participação tão efetiva das crianças. “Elas são bem soltas, livres, sem amarras. Em momento nenhum demonstraram sentir vergonha de fazer qualquer tipo de exercício da oficina”.

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